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O assunto chamou a atenção dos consumidores que nem sempre tem o valor total de R$ 65 ou R$ 70 no bolso para pagar por um botijão de 13 kg -- preço médio aplicado em Brumado e região. A nova proposta surgiu da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com ela, o consumidor de gás liquefeito de petróleo (GLP), que é o gás de cozinha, poderá encher o botijão de forma parcial, sem ser obrigado a comprar ele cheio, como ocorre hoje. Essa é uma das medidas que podem ser implementadas pelo governo nos próximos meses. Segundo a ANP, "isso impacta particularmente as famílias de baixa renda, que chegam ao final do mês sem recursos para comprar um botijão completo. Assim, uma dona de casa pode ser levada a migrar para o carvão, a lenha e o álcool, correndo riscos e criando implicações para a saúde pública". Novas regras para o GLP devem ser discutidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em uma reunião prevista para o final de agosto. Além do fracionamento do gás de cozinha, o governo quer permitir o enchimento do mesmo botijão por diferentes marcas, o que é proibido. Mesmo em condições seguras, não é permitido o engarrafamento de botijões de uma marca distinta da estampada no vasilhame. Outra mudança pode ser a opção de o consumidor levar o botijão de gás vazio diretamente para locais de enchimento, sem precisar devolver o vasilhame e pagar pelo volume residual que permanece no recipiente ao final do uso. Para a gerente de uma distribuidora de GLP em Brumado, Adriana Araújo, a medida do governo ainda é de muita expectativa. "Qualquer mudança no setor de gás de cozinha envolve a legislação, a regulamentação no setor de segurança e transportes e, ai a gente tem que aguardar como é que o governo vai se posicionar em relação a isso", disse ao 97NEWS.