Aumento de até 500% nas taxas de sepultamento gera revolta em Itapetinga 3a61e

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Um decreto assinado no último dia 9 pelo prefeito de Itapetinga, Eduardo Jorge Almeida Hagge (MDB), provocou forte reação popular ao reajustar significativamente as taxas cobradas pelos serviços de sepultamento nos cemitérios municipais. Com aumentos que chegam a 500%, a medida tem sido alvo de críticas por parte de moradores, especialmente de famílias de baixa renda. Segundo reportagem do Jornal do Sudoeste, o texto do decreto, o reajuste busca atualizar os valores, que estavam congelados desde 29 de dezembro de 2006, para cobrir custos operacionais e promover melhorias na infraestrutura e nos serviços funerários prestados pelo município. A gestão municipal argumenta que os antigos valores estavam defasados frente ao aumento das despesas com pessoal, manutenção, energia, água, materiais e equipamentos. No entanto, para a população, o aumento foi considerado abrupto e insensível, especialmente em um contexto de dificuldades econômicas que afetam grande parte das famílias da cidade. Moradores alegam que o reajuste deveria ter sido implementado de forma escalonada, permitindo maior adaptação e menos impacto no orçamento doméstico. Para ilustrar a nova realidade, os valores das taxas de sepultamento, que antes variavam entre R$ 150 e R$ 300, agora podem ultraar R$ 1.500, dependendo do serviço. No Cemitério Parque da Eternidade, por exemplo, o custo de uma cova rasa subiu de R$ 50 para R$ 200, enquanto a manutenção anual de restos mortais após três anos na sepultura ou de R$ 450 para R$ 1.500. Apesar da repercussão negativa, até o momento a Prefeitura não sinalizou qualquer possibilidade de revisão dos valores nem anunciou medidas para amenizar o impacto do reajuste entre os mais vulneráveis. A medida também reacende o debate sobre o o a serviços públicos essenciais e a necessidade de políticas que garantam dignidade mesmo após a morte, especialmente para quem não tem condições de arcar com custos elevados de sepultamento.